Manobrista é morto a tiros e, após paralisação, ônibus voltam a circular na Grande Vitória
10/06/2025
(Foto: Reprodução) Homem de 31 anos foi morto a tiros quando chegava para trabalhar na noite de segunda-feira (9). Funcionários foram para a frente de garagens das empresas e estão impedindo a saída dos veículos. Ônibus estão parados nas garagens na Grande Vitória
Um manobrista de ônibus do Transcol de 31 anos foi assassinado na noite de segunda-feira (9) ao chegar para trabalhar em uma garagem de Cariacica, na Grande Vitória. A vítima foi identificada como Clovis Brás Júnior. Nenhum suspeito foi preso.
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Com a morte do funcionário, motoristas de ônibus da Grande Vitória realizaram uma paralisação das atividades no início da manhã desta terça-feira (10). Ônibus ficaram sem circular por aproximadamente 2h e voltaram a sair das garagens por volta das 7h30.
Rodoviários cruzaram os braços na garagem de ônibus no Espírito Santo
Paulo Ricardo Sobral/TV Gazeta
De acordo com o presidente do Sindicato do Rodoviários (Sindirodoviários), Marcos Alexandre, após uma reunião do sindicato, os veículos foram liberados pelos funcionários para saírem da garagem.
Pela manhã, os pontos já estavam lotados em várias cidades da Grande Vitória, como Serra e Vitória. Alguns passageiros relataram que esperam carona ou vão usar o sistema de aplicativo para carros e motos.
O crime
De acordo com testemunhas, o manobrista foi surpreendido pelo criminoso, tentou fugir, e foi atingido. O tiro perfurou o carro da vítima na porta do carona.
Clovis Brás Júnior, de 31 anos, trabalhava como manobrista do Transcol e foi morto a tiros em Cariacica, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
A vítima, Clovis Brás Júnior de 31 anos, trabalhava como manobrista de ônibus do Grupo Santa Zita, uma das empresas que formam a frota do Sistema Transcol, no bairro São Francisco, Cariacica
Sindicato reclama de insegurança para categoria
O sindicato dos trabalhadores reclama das condições de segurança dos trabalhadores e paralisou todos os ônibus na Grande Vitória como forma de protesto.
"O assassinato foi à noite, o local é ermo, meio escuro, afastado. Não tem condições para os trabalhadores aqui, no dia a dia, trabalhando nessa garagem, sem nenhum tipo de segurança para os trabalhadores. Para os colegas chegarem até aqui, é muito difícil. O trabalhador tem que andar quase dois quilômetros a pé para chegar até essa garagem", relatou Marcos Alexandre.
Sindicato fala sobre morte de motorista no ES
O presidente do sindicato disse que diariamente os trabalhadores da categoria são vítimas de crimes.
"A gente já vem apanhando de vagabundos dentro de ônibus, vagabundos que ficam roubando os carros, roubando motos dos companheiros aqui nas garagens, tomando facada. Então, a gente está fazendo esse tipo de protesto pra chamar a atenção dos secretários de segurança, o governo e as empresas que tomam uma medidas para os trabalhadores que estão aqui sofrendo dia e dia dentro desses ônibus, no caminho de casa e também vindo trabalhar", disse Marcos Alexandre.
O sindicalista pediu a paciência dos passageiros. "Olhem para esses trabalhadores que acordam de madrugada atendendo o melhor possível os usuários. A gente sente muito a falta desses ônibus, mas eu como presidente do sindicato tenho que olhar pra minha categoria que anda sofrendo", afimou.
O g1 procurou a Polícia Civil, Militar, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Ceturb e GVBus, mas não teve nenhum retorno até a última publicação desta reportagem.
Esta reportagem está em atualização
Terminal de ônibus em Cariacica ficou lotados após paralisação do Transcol no Espírito Santo
Ricardo Medeiros/Rede Gazeta
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